terça-feira, 9 de setembro de 2008

Desejo uma fotografia
como esta — o senhor vê? —
como esta:
em que para sempre me ria
como um vestido de eterna festa.

Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.

Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia...
Não...
Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.


Encomenda (Cecília Meirelles)

3 comentários:

Marco Yamamoto disse...

A cadeira vazia me trouxe solidão e esperança...Belíssimo texto

Alguém no caminho disse...

Você gosta da solidão? Como disse o filósofo: a solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais...

Marco Yamamoto disse...

Eu gosto de ter alguns momentos de solidão, para escutar meus próprios pensamentos.

Caminhei muito sozinho e nunca me arrependi...